Por que Ainda Usamos Tratamentos Ineficazes?
Por que Ainda Usamos Tratamentos Ineficazes?
Atualmente sabemos que existem praticas na medicina que revelam-se ineficazes ou até prejudiciais.
Um exemplo notável é o famoso teste de James Lind sobre frutas cítricas no tratamento do escorbuto. Da mesma forma que soroterapia não vai melhorar o seu corpo, assim como a Vitamina C contra gripe.No entanto, mesmo diante de evidências contrárias, muitas vezes os profissionais médicos continuam a adotar tratamentos conhecidos por não funcionar. Por que isso acontece?
Vamos lembrar das principais causas que você precisa entender em MBE.
Expectativas Exageradas
Voltaire disse uma vez: “A arte da medicina consiste em divertir o paciente enquanto a natureza cura a doença.” Muitos medicamentos têm eficácia em apenas 30% ou 50% das pessoas, tornando difícil avaliar sua verdadeira eficácia em contextos clínicos. Eu sei que é dificil escutar.. principalmente depois da pandemia quando Defendia a cloroquina com 100% e uma vacina também.. Daí a necessidade de ensaios clínicos randomizados adequadamente dimensionados. Entenda o que NNT e NNH.
existe tratamento eficaz
Resultados falsos
De antemão, os tratamentos parecem eficazes quando analisamos os resultados errados. O flúor aumenta a densidade óssea, mas também aumenta a taxa de fraturas. Flecainida para taquicardia supraventricular normaliza o eletrocardiograma, mas estudos posteriores mostraram aumento na mortalidade.
Por que Ainda Usamos Tratamentos Ineficazes?
Rituais e expectativas
Muitos exames e testes diagnósticos tornaram-se rituais mais do que ferramentas diagnosticamente úteis. A persistência de práticas desatualizadas pode ser atribuída à relutância em abandonar rituais, ao medo de erros de omissão e às expectativas dos pacientes. ” Eu preciso fazer alguma coisa!” Pode ser uma falsa ilusão, como aconteceu no covid que 95-97% dos pacientes tinham casos leves.
Você esta preparado para ouvir essa conclusão..
A medicina é uma atividade humana complexa, envolvendo rituais, costumes e expectativas. Para evitar práticas ineficazes ou prejudiciais, os médicos precisam questionar constantemente suas abordagens, buscando sempre as melhores opções para seus pacientes. O acesso a fontes confiáveis de informações é crucial. O desafio é abandonar tratamentos e testes que não contribuem para o bem-estar do paciente.