Comunicação: a habilidade que salva vidas

Comunicação Salva Vidas

Eu não fui uma adolescente que teve oportunidade de fazer cursinhos de inglês, intercâmbios ou a tradicional viagem para a Disney aos 15 anos. Fiz algumas coisas que considero bem básicas, como traduzir livros que gostava de ler porque não tinham sido lançados ainda em português. Sim, fui uma garota de 12 anos que, como várias da sua idade, viralizou sendo fã de Crepúsculo. Acabei saindo no jornal por isso e até hoje dou risada com minhas amizades por essa questão.

A vida nem sempre oferece oportunidades tradicionais, mas podemos criar caminhos próprios para aprender e crescer.

Comunicação: a habilidade que salva vidas

O poder do esforço contínuo

Foi apenas após alguns anos de formada que resolvi investir em aprender inglês pra valer, incluindo inglês médico. Consequentemente, isso me permitiu não apenas atender pacientes sem nenhum entrave — após tirar a certificação na prova de proficiência do NUPEL/UFBA em 2025 com nota máxima — mas também abrir portas para futuras oportunidades profissionais.

Naquele momento, percebi que a motivação da menina de 12 anos continuava comigo: a vontade de ler, entender e aprender sem me limitar. Entretanto, estudar inglês médico não foi fácil; houve tardes exaustivas, café amargo e livros pesados. Mesmo assim, cada esforço gerou aprendizado e, por exemplo, a participação em concursos de escrita abriu novas possibilidades de estudo.

 O crescimento vem do esforço consistente, mesmo quando parece difícil ou cansativo.

 

Comunicação como diferencial na medicina

Investir em conhecimento nunca é em vão. Cursos são investimento. De fato, falar inglês me diferencia como médica, mas também reforça uma habilidade essencial: a comunicação salva vidas. Saber se expressar, ouvir e compreender o outro é tão importante quanto qualquer exame ou diagnóstico.

Além disso, desenvolver habilidades extras nos torna profissionais diferenciados. Não se trata de privilégio ou sorte, mas de reconhecer nosso próprio mérito, celebrar pequenas vitórias e continuar evoluindo. Portanto, cada nova competência que adquirimos amplia nosso impacto na vida das pessoas.

Ser autêntico e dedicado transforma não apenas sua carreira, mas também a experiência de quem você atende.

 

Conselhos para colocar o aprendizado em prática

Você pode ter acabado de passar no vestibular, estar em residência ou iniciar sua carreira profissional. O fato é: a vida não é uma corrida. Portanto, é fundamental priorizar tempo de estudo, revisitar conhecimentos e aprender de forma contínua.

Mesmo assim, muitas pessoas adiam o aprendizado de idiomas ou de habilidades importantes. Por isso, meu conselho é: não espere pelo momento perfeito. Consequentemente, pequenas atitudes diárias — como colocar o celular no modo avião, reservar tempo para leitura ou praticar de forma deliberada — geram resultados concretos e duradouros.

 Fluência e habilidades extras não nos tornam melhores que ninguém, mas nos preparam para oportunidades únicas, aumentando nossa confiança e capacidade de impactar vidas.

4 dicas para treinar a comunicação com base em evidências científicas:
  1. Pratique regularmente com feedback: Interações frequentes, acompanhadas de retorno de especialistas ou colegas, aumentam a eficácia da comunicação (estudos em educação médica mostram melhora significativa na clareza e assertividade).

  2. Simule situações reais: Role plays e simulações de atendimento ajudam a desenvolver empatia e precisão na transmissão de informações.

  3. Grave e revise suas falas: Revisar gravações permite identificar padrões de linguagem e melhorar pronúncia, tom e estrutura da mensagem.

  4. Desenvolva habilidades de escuta ativa: Perguntas abertas, resumo do que o outro disse e atenção plena promovem compreensão e fortalecem a relação médico-paciente, comprovadamente melhorando adesão e satisfação do paciente.

Ser uma pessoa autêntica demanda energia, coragem e dedicação. Portanto, saber colocar o celular no modo avião e fazer boa gestão de tempo é essencial. Hora de estudar é hora de estudar. Revisitar conhecimentos e memórias fortalece o aprendizado.

Você, leitor, pode ter acabado de passar no vestibular e descoberto o Medicine Academy por acaso, porém a vida não é uma corrida. Mesmo assim, não postergue o aprendizado do idioma. Além disso, ser fluente em mais de um idioma nos diferencia quando oportunidades surgem. Consequentemente, pequenas ações diárias constroem grandes resultados.

Hoje, compartilho com você os conselhos que eu não recebi aos 12 anos.
Sou Maria Carolina Neiva Mendonça, médica, educadora e eterna estudante da vida.
Escrevo para lembrar a mim mesma – e a você – para não esperar o momento perfeito para tirar algum sonho do papel…
Ou até mesmo para colocar nele.

Sobre a autora

Maria Carolina Neiva Mendonça é médica, embaixadora do MedicineMe e Apaixonada por educação em saúde

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