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• A primeira descrição do TDAH (Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade) no DSM foi em sua segunda edição (reação hipercinética da infância); já quando examinamos o DSM-5, ele é considerado uma condição do neurodesenvolvimento. É um transtorno prevalente e incapacitante, comumente comórbido a outros transtornos psiquiátricos.

• Diagnóstico: DSM-5: < 17 anos + pelo menos 6 sintomas em inatenção ou hiperatividade e impulsividade / > 17 anos: + pelo menos 5 sintomas.
Idade de início dos sintomas < 12 anos. • Utilizando a CID-11: não estabelece precisamente idade de início, duração ou número de sintomas. Estudos longitudinais sugerem a possibilidade de pelo menos 4 trajetórias: início precoce (3-5 anos), início na infância (6-14 anos) com curso persistente, início na infância com estabilização na adolescência e início tardio (> 16 anos).

Epidemiologia:
Hoje questiona-se a respeito da doença: seria ela “nada mais do que um produto cultural da sociedade competitiva”? Seria ela um produto da indústria farmacêutica?
Meta-análises mostram que há 5,29% de prevalência global da doença. Esse número costuma ser estável ao redor do mundo. 15% dos pacientes persistem com diagnóstico após a adolescência e 40-60% remitem parcialmente.
O tratamento hoje preconizado “ataca” em diversas dimensões – psicoeducação (diminuição de acidentes e abuso de substância), aprendizado, suporte acadêmico/escolar, intervenção sintomática, práticas parentais e tratamento de transtornos associados.
Os guidelines sugerem o uso de psicoestimulantes para o melhor controle dos sintomas. Entretanto, em casos leves, recomendam inicialmente psicoeducação e controle comportamental.

• Medicação: existe indubitável eficiência a curto prazo!

  1. Psicoestimulantes: primeira linha – metilfenidato bloqueia transportadores pré-sinápticos de dopamina e norepinefrina, aumentando a transmissão de catecolaminas; anfetamina tem ação adicional de aumentar o efluxo de dopamina na fenda pré-sináptica.
    Meta-análises diversas evidenciaram a eficácia das intervenções (maior para a anfetamina).
    Principais efeitos colaterais: diminuição do apetite, insônia, boca seca, náusea. Efeitos no crescimento de tratamentos a longo prazo (1-3cm de altura adulta, aumento de peso e IMC). Atenuar com “drug holidays”, ou seja, utilizar apenas quando foco e atenção forem necessários..
  2. Não psicoestimulantes: menor resposta, reservado para pacientes que não respondem ou não toleram. Atomoxetina (inibidor do transportador de norepinefrina, mais eficaz em adultos), guanfacina e clonidina (alfa-2-agonistas). Podem servir como adjuvante para resposta inadequada ou agressão/insônia/tique comorbidos.

E aí, quais as suas dúvidas sobre o TDAH?

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