Você sabe tratar desnutrição ?

Você sabe tratar desnutrição?

Um problema no Brasil e no Mundo

A recente crise de saúde pública revelada na população indígena dos Yanomamis mostraram que 79% das crianças estão em condições de subnutrição e causaram mais de 500 mortes nos últimos 4 anos.

Essa temática joga luz à algo que vem sendo discutido mais uma vez na medicina brasileira: o poder avassalador da desnutrição infantil na saúde.

A classificação

A desnutrição pode ser classificada de acordo com seu grau de gravidade, levando-se em conta os gráficos de normalidade para a idade, que são médios de acordo com a população estudada. Também podemos usar como referência a porcentagem de peso perdida: quando o déficit está entre 10-25% do peso, temos desnutrição leve; quando 25-40%, desnutrição moderada; e quando ≥ 40%, temos desnutrição grave.

Existem duas formas clínicas principais em que se manifesta a desnutrição: o marasmo e o kwashiorkor.

 

 

kwashiorkor X Marasmo 

O marasmo geralmente afeta menores que dois anos, desenvolvendo-se lentamente, com perda severa de peso, de músculo e de gordura, diminuindo o crescimento e alterando a pele, que fica seca, fina e enrugada, além do cabelo ralo e fino.

O kwashiorkor tende a afetar maiores que dois anos, com enfoque na ingestão inadequada de proteínas; nesse caso, a instalação é mais rápida, há edema, aumento do fígado (que também torna-se gorduroso), presença de perda de apetite, irritabilidade, tristeza ou apatia, e alguma atrofia muscular. A pele desenvolve lesões, e o cabelo torna-se liso, quebradiço e descolorido.

Tratamento

A criança com essas apresentações graves deve ser internada, para que sejam realizado adequado tratamento.

Inicialmente, o foco é tratar ou prevenir a hipoglicemia, hipotermia e a desidratação.

 

Choque séptico, infecções e deficiência de micronutrientes devem também fazer parte do tratamento, com o início da alimentação posterior e estímulo do desenvolvimento emocional e sensorial. Na fase de reabilitação, que inicia após 1 semana, deve-se continuar a monitorização, porém há um destaque maior para a introdução da suplementação de ferro que só deve ser feita nessa fase.

 

A alimentação aumenta de velocidade, até que evolua para a fase de acompanhamento, onde há a alta hospitalar

 

Referência:

https://www.scielo.br/j/rpp/a/SK4MNpvgfRhLQbPNQ34LCDw/?format=pdf&lang=pt

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_desnutricao_criancas.pdf

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