Burn-out de médicos e estudantes de Medicina

Burn-out de médicos e estudantes de medicina

Devido à crise de COVID-19, os profissionais de saúde se expuseram a novos desafios. Houve um aumento dos transtornos mentais ocupacionais, principalmente do burn-out.

Burn-out de médicos e estudantes de Medicina

O esforço demasiado que realizamos sob pressão e que demanda mais do que conseguimos lidar, seja por questões emocionais, psicológicas ou físicas, é chamado de estresse.

Burn-out é descrito como uma síndrome que possui âncora em 3 sintomas-chave: exaustão emocional, despersonalização e um senso de propósito pessoal reduzido em relação ao seu trabalho, advindo de um estresse físico e mental.

Nos tempos pandêmicos, houve a presença de dilemas morais, ações rápidas, muitos novos protocolos e risco de contaminação de si mesmo e suas famílias, além da perda de pacientes – o que por si já causa um estresse singular e significativo.

 

Burn-out de médicos e estudantes de Medicina

Como evitar essa síndrome? Leo et al., 2021, sugere algumas medidas, que podem ser individuais ou organizacionais.

Individuais: planejamento de administração do estresse, e treinamentos em auto-cuidado e habilidades de comunicação; estimular atividade física, relaxamento, dieta balanceada, higiene do sono, suporte familiar e psicoterapêutico.

Organizacionais: diminuir a duração do trabalho mais exaustivo, como diminuição de visitas e turnos; ampliação de períodos de descanso; planejamento de férias; envolvimento da equipe multidisciplinar nas decisões, além de suporte para os trabalhadores; promover o princípio de corresponsabilidade com o cuidado do paciente.

Segundo a autora Panagioti et al, do  estudo britânico conclui que os padrões atualmente considerados como relevantes para a segurança do paciente estão  deficientes, pois negligenciam um fator essencial que é o bem-estar do profissional de saúde

Além disso, medidas culturais, envolvendo a diminuição dos estereótipos que valorizam o trabalho excessivo, substituindo pelo reconhecimento dos limites humanos a níveis físicos, cognitivos e emocionais.

 

Referência:

Linzer M. Clinician Burnout and the Quality of CareJAMA Intern Med. 2018;178(10):1331–1332. doi:10.1001/jamainternmed.2018.3708

Panagioti M, Geraghty K, Johnson J, et al. Association Between Physician Burnout and Patient Safety, Professionalism, and Patient Satisfaction. A Systematic Review and Meta-analysisJAMA Intern Med. 2018;178(10):1317–1330. doi:10.1001/jamainternmed.2018.3713

 

Autor: Matheus Eugênio
Co-autor: Italo Abreu 

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