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Neste Artigo ” Hanseniase o que você deve saber para prática ” vamos discutir os principais pontos da hanseníase, vamos nessa?
A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, tendo sido identificada no ano de 1873 pelo cientista Armauer Hansen. É uma das doenças mais antigas, com registro de casos há mais de 4000 anos, na China, Egito e Índia.
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A doença tem cura, mas, se não tratada, pode deixar sequelas. Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, visando que a doença deixe de ser um problema de saúde pública. Atualmente, os países com maior detecção de casos são os menos desenvolvidos ou com superpopulação. Em 2016, o Ministério da Saúde registrou no Brasil mais de 28.000 casos novos da doença.
[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]A transmissão do M. leprae se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora, chamada multibacilar, que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Cerca de 90% da população têm defesa contra a doença. O período de incubação (tempo entre a aquisição a doença e da manifestação dos sintomas) varia de seis meses a cinco anos. A maneira como ela se manifesta varia de acordo com a genética de cada pessoa.[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]
Quando suspeitar?
A suspeição da hanseníase é feita pela equipe de saúde e pelo próprio paciente. O diagnóstico é feito pelo médico e envolve a avaliação clínica dermatoneurológica do paciente, por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora , e lesões de pele etc.
Se necessário, será feita a baciloscopia, que corresponde à coleta da serosidade cutânea, colhida em orelhas, cotovelos e da lesão de pele, e ainda pode ser realizada biópsia da lesão ou de uma área suspeita.[/vc_column_text][vc_empty_space][/vc_column][vc_column width=”1/2″][/vc_column][/vc_row][vc_row css_animation=”” row_type=”row” use_row_as_full_screen_section=”no” type=”full_width” angled_section=”no” text_align=”left” background_image_as_pattern=”without_pattern”][vc_column width=”1/2″][vc_empty_space][vc_column_text]
Classificação da hanseníase:
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Paucibacilar:
1.a. Hanseníase indeterminada: estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural. 1.b. Hanseníase tuberculoide: manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido. Podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo).
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Multibacilar
2.a. Hanseníase borderline ou dimorfa: manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordos às vezes bem ou pouco definidos, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência. 2.b. Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]O tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Varia de seis meses nas formas paucibacilares a um ano nos multibacilares, podendo ser prorrogado ou feita a substituição da medicação em casos especiais. O tratamento é eficaz e cura. Após a primeira dose da medicação não há mais risco de transmissão durante o tratamento e o paciente pode conviver em meio à sociedade.[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]
Diagnóstico diferencial:
As lesões de pele características da hanseníase são: manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, lesões em placa, infiltrações e nódulos.
As principais doenças de pele que fazem diagnóstico diferencial com hanseníase, são:
- Pitiríase Versicolor – micose superficial que acomete a pele, e é causada pelo fungo Ptirosporum ovale. Sua lesão muda de cor quando exposta ao sol ou calor (versicolor). Ao exame dermatológico há descamação furfurácea (lem- brando farinha fina). Sensibilidade preservada.
- Eczemátide – doença comum de causa desconhecida, ainda é associada à dermatite seborreica, parasitoses intestinais, falta de vitamina A, e alguns processos alérgicos (asma, rinite, etc). No local da lesão, a pele fica parecida com pele de pato (pele anserina: são as pápulas foliculares que acometem cada folículo piloso). Sensibilidade preservada.
- Tinha do corpo – micose superficial, com lesão hipocrômica ou eritematosa, de bordos elevados. Pode acometer várias partes do tegumento e é pruriginosa. Sensibilidade preservada.
- Vitiligo – doença de causa desconhecida, com lesões acrômicas. Sensibilidade preservada.VAMOS LEMBRAR DOS DDX DAS OUTRAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS? SIMBORA!Existem doenças que provocam lesões neurológicas semelhantes e que podem ser confundidas com as da hanseníase. Portanto, deve-se fazer o diagnóstico diferencial da hanseníase em relação a essas doenças.
A principal diferença entre a hanseníase e outras doenças dermatológicas é que as lesões de pele da hanseníase sempre apresentam alteração de sensibilidade. As demais doenças não apresentam essa alteração.
As lesões neurológicas da hanseníase podem ser confundidas:
• síndrome do túnel do carpo
• neuralgia parestésica;
• neuropatia alcoólica;
• neuropatia diabética;
• lesões por esforços repetitivos (LER)
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CURIOSIDADES
Hoje, existe um trial acontecendo no Brasil usando o modelo matemático SIMCOLEP para estimar a redução da carga da doença final da intervenção, e se espera que alcance 50% de redução no numero de casos novos ao final dos 5 anos.
A quimioprofilaxia hoje é recomendada pela OMS( organização mundial da Saúde), mas não pelo ministério da Saúde, ou seja, ainda não temos quimioprofilaxia aprovada, por este motivo uma empresa multinacional holandesa esta realizando o TRIAL que está na fase 2 com bons resultados.[/vc_column_text][vc_column_text]Agora que você sabe tudo sobre o artigo ” Hanseniase o que você deve saber para prática ” separamos esse artigo com atualização da prevenção da doença https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31499206/
Leia também sobre o Trial MALTALEP que separamos com carinho para você, https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24088534/
Agora, para não ficar nenhuma dúvida sobre o artigo “Hanseniase o que você deve saber na prática ” fizemos este vídeo especial para fechar![/vc_column_text][vc_empty_space][vc_empty_space][vc_empty_space][/vc_column][vc_column width=”1/2″][/vc_column][/vc_row][vc_row css_animation=”” row_type=”row” use_row_as_full_screen_section=”no” type=”full_width” angled_section=”no” text_align=”left” background_image_as_pattern=”without_pattern”][vc_column][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=tGewyh3Mk2I”][/vc_column][/vc_row]